Não sei quantas vezes é que na ressaca das contas do dia e já a pensar na agenda do dia seguinte, com a cabeça no jantar que está por fazer, ou com o coração impaciente pelo abraço
e pelo entrelaçar de mãos que me espera no sofá depois da casa deixada em repouso, meti a chave à porta do andar debaixo. Até há pouco tempo era um lapso inofensivo porque do outro lado não morava ninguém. Agora, desde que a casa passou a estar habitada, sei como é estranho o barulho da chave a tentar rodar, o parar de respirar enquanto tentamos perceber o que vai acontecer, como é paralisante a sensação de nos tentarem entrar pela casa quando não esperamos ninguém. O vizinho já tentou entrar pelo menos duas vezes. Ao menos hoje tocou à campanhia.
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