a culpa é de um CD, da música onde se diz que '
being good isn't always easy', não interessa o que quanto tentamos, não interessa o esforço de manter os olhos longe, as mãos quietas, o sorriso fechado. a atracção dos pólos multiplicada exponencialmente pela distância que se quer manter. são noites de passeio ['
never knowing my right foot from my left'] pelas ruas estreitas, fados mal cantados, jantares regados com demasiado vinho e depois a sensação de quase perder o controlo. e depois o regresso e a vontade de não dizer adeus, nem sequer até já, a vontade que a noite se prologue contra todo o bom senso, a vontade de ficar até que o dia comece a nascer. lutar contra o inevitável numa dança de perder o fôlego, deixar que as horas se esgotem nos relógios enquanto ouvimos '
one of these mornings you're going to rise up singing', e adormecer, numa espécie de despedida, quando a noite se faz dia.
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