3 de novembro de 2009

eu, ciumenta, me confesso...

© Jonathan Frantini

[pelas palavras da Mónica Marques]

"[...]O amor não é uma coisa light nem limpinha. O amor não obedece aos controleiros da ASAE. Eu quero ciúmes e cenas para depois fazer as pazes com o meu amor. Pessoínhas muito politicamente correctas, que bebem Coca Zero e comem saladas são imediatamente empandeiradas. E isto não se trata de um fundamentalismo bacoco. Acontece-me. Sou assim. Acabo sempre a morrer de ciúmes dos excessivos e comilões. Os que no amor navegam sem bússola e gostam de carne em sangue. Os que choram baba e ranho e andam sempre com Kleenexes porque complicam tudo e se angustiam com a quantidade de outros seres maravilhosos, lindos e interessantes que cruzam as nossas vidas diariamente.
Normalmente os muito ciumentos, como eu, têm um problema. Aliás têm vários. Mas o principal é a mistura explosiva de egotismo, insegurança e imaginação. Que nos torna especialmente nojentinhos e tortuosos e com dores que normalmente vão desde as articulações à raiz dos cabelos. [...]"

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