3 de maio de 2009

A vontade é proporcional à certeza que nada vai mudar, por isso fico quieta no meu canto, não faço nada, sento-me à espera que passe, numa versão de encher os dias com amigos, mimos, sorrisos e cumplicidades. Quero tanto que as folhas saltem todas de uma vez do calendário, quero tanto apagar as memórias doces de ir ao tapete, quero tanto que a pele esqueça o que não passou de uma promessa, quero tanto que deixe de doer. Quero tudo isto na exacta proporção em que quero ter-te aqui e adormecer no teu peito como fizemos tantas vezes nos mil anos que levamos disto.

Sem comentários: