28 de maio de 2009

Eu não sou eu. As lágrimas que choro não saem dos meus olhos. Eu não sou eu. Mas é a mim que vês sentada num tapete verde. Este corpo que vibra com o cheiro, com o toque, pertence-me. Pertence-te. Eu não sou eu. A dor imensa não é minha. O peito como que esmagado por uma pedra não é meu. Mas é ao meu corpo que tomas nos braços, que apertas junto a ti. É o meu corpo que se abriga, mais e mais, no teu. Eu não sou eu. Sou espectadora numa história que não me pertence.

Sem comentários: