Há coisa de um ano, de regresso de uma viagem ao outro lado do mundo, chegada ao aeroporto às 6h00 depois de 18 horas de avião, entrei no escritório ao meio-dia. Seria uma semana de seis dias, a arrastar-me de casa para o trabalho, de manhã à noite, todos os dias sem excepção. Regresso forçado porque o presidente da junta acabava de ser pai. Dias de depois de outra das funcionárias da casa, o que reduzia significativamente a força de trabalho, que nos dias normais mal dá conta do recado. No meu papel de vice-presidente da junta fiquei a tomar conta do barco durante mais de duas semanas. Licença de paternidade, férias, umas folgas... e lá fiquei presidente da junta interina. É certo que o balanço que levava no lugar ajudou quando o cargo me passou a pertencer por direito. Agora, a história repete-se. Agora é a vice-presidente, uma barriga considerável e alguma dificuldade em manter o ritmo. Compreendo. Ou acho que sim. O que sei de certeza é que tenho que manter [outra vez] o barco. A verdade é que me sinto mal pelo simples facto de escrever estas linhas, por me lamentar num momento que para ela é de felicidade. O problema não é dela. É de quem está lá em cima. De quem não resolve as situações quando devidamente alertado. O príncipe redondo por baixo de uma coroa demasiado grande.
Sobre a liberdade
Há 1 dia
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