9 de março de 2008

Gravidez

Há coisa de um ano, de regresso de uma viagem ao outro lado do mundo, chegada ao aeroporto às 6h00 depois de 18 horas de avião, entrei no escritório ao meio-dia. Seria uma semana de seis dias, a arrastar-me de casa para o trabalho, de manhã à noite, todos os dias sem excepção. Regresso forçado porque o presidente da junta acabava de ser pai. Dias de depois de outra das funcionárias da casa, o que reduzia significativamente a força de trabalho, que nos dias normais mal dá conta do recado. No meu papel de vice-presidente da junta fiquei a tomar conta do barco durante mais de duas semanas. Licença de paternidade, férias, umas folgas... e lá fiquei presidente da junta interina. É certo que o balanço que levava no lugar ajudou quando o cargo me passou a pertencer por direito. Agora, a história repete-se. Agora é a vice-presidente, uma barriga considerável e alguma dificuldade em manter o ritmo. Compreendo. Ou acho que sim. O que sei de certeza é que tenho que manter [outra vez] o barco. A verdade é que me sinto mal pelo simples facto de escrever estas linhas, por me lamentar num momento que para ela é de felicidade. O problema não é dela. É de quem está lá em cima. De quem não resolve as situações quando devidamente alertado. O príncipe redondo por baixo de uma coroa demasiado grande.

Sem comentários: