há duas noites que queimo as pestanas à volta de anúncios de emprego no estrangeiro. sem ter desistido do desígnio de me pôr a andar daqui para fora, concluo, ao fim da primeira noite, que devia ter seguido agronomia, medicina, gestão, administração pública, línguas ou mesmo condução agressiva. tudo menos ser administrativa numa junta. e nem vale a pena acreditar que me posso reinventar, porque sei que posso, aqui pedem experiência, muita experiência, anos a fazer a mesma coisa. à segunda percebo que devia ter nascido num país de terceiro mundo. por muito que portugal se pareça cada vez mais com um ainda não desceu o suficiente no ranking que nos permita concorrer ao sem fim de bolsas destinadas a promover competências daqueles que, imagine-se, estão ainda pior que nós. no meio não está a virtude. está apenas um deserto.
1 comentário:
Compreendo-te tão bem...
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