agora, como no primeiro dia, agrada-me a imprevisibilidade do trabalho na junta, meia hora para fazer a mala e apanhar um comboio nocturno, atravessar a fronteira e acordar numa outra capital, os jantares a desoras numa qualquer bomba de gasolina, o vir a casa a meio do dia trocar os saltos de sete centímetros por um par de ténis, o saber à tarde que tenho a noite para fazer a mala porque de madrugada embarco para passar vários dias do outro lado do atlântico. nunca saber como será o dia. agora como no primeiro dia, a adrenalina de poder não saber onde vou estar amanhã ou dali a uma hora desperta-me os sentidos e faz-me ter a certeza que é isto que quero fazer, que é aqui que sou feliz. mas agora como no primeiro dia tira-me do sério a falta de planeamento e o desrespeito pela vida dos outros. hoje foi um desses dias.
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