30 de janeiro de 2010

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[foto roubado ao miguel]


há toda uma problemática sobre encontros que não vem ao caso, mas se quiserem mesmo saber podem ler aqui, porque a Luna explicou como se falasse por mim, mas há um dia em que se passa essa barreira e o homem com quem nos cruzamos a meio de um dia de trabalho acaba sentado à nossa frente num restaurante super in, daqueles que saem nas revistas e têm lá dentro as pessoas que vemos nas revistas, que por sinal bem lá podia ter continuado. O mesmo homem que minutos antes saiu do carro só para nos abrir a porta do lado contrário, com quem, meses antes tivemos uma reunião de onde saímos a precisar de um banho frio. A conversa é boa, o jantar corre bem, sem silêncios constrangedores, com muitas gargalhadas à mistura e até ficamos a pensar que talvez haja um segundo encontro. Depois saímos do restaurante, o homem leva-nos ao carro, depois de voltar a sair do carro para nos abrir a porta, e vê, já no nosso carro, no banco do pendura, o 2666. E o homem que tem tudo para ser perfeito diz, de olhos arregalados, o que ao caso não desmancha a figura: 'chiça que calhamaço'. Nós olhamos para ele, sorrimos, dizemos 'boa noite', entramos no carro, pegamos no telemóvel e acto contínuo, apagamos o número antes mesmo dele entrar no seu próprio carro.

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