21 de janeiro de 2010

Com formação católica desde o berço, a água benta despejada na cabeça quando ainda não tinha sequer cabelo, as tardes de sábado queimadas às voltas das freiras, mas de costas voltadas desde que me negaram a primeira comunhão, porque já sabia que a minha paciência para as madres e padres e afins se esgotava ali, não sei agora em que acreditar no que toca a religião. Sei que quando acontece alguma coisa de má, ainda por cima repetida, como agora, pego no telefone e ligo à minha mãe e peço-lhe, entre risos, para disfarçar a raiva e o nervoso, que acenda uma vela à sua santa trindade, sem saber se os milagres ou os esconjuros de mau olhado terão efeito se pedidos por interposta pessoa.

2 comentários:

Maria disse...

Para saber o número que deve ligar: http://bebelestrange.tumblr.com/post/57626106

Se calhar não ajuda mais do que a vela ;)

Jaime Piedade Valente disse...

É muito improvável que Deus exista. Mas mesmo que existisse um ser todo poderoso, omnisciente e criador do universo, porque é teria de ser o Deus descrito pelos católicos? Se existisse um tal ser, que poderia ele ter a ver com velas e coisas do género?