Há uns anos, numa visita de dois dias a Madrid, ficamos a dormir num hostal manhoso na principal rua do bairro gay, mas o movimento até altas horas não impediu que o meu carro tivesse o vidro partido no final da primeira noite. Foi vandalismo puro, porque os CD continuaram no porta-luvas e os patins intactos no porta-bagagem. Alguém precisou de um sítio para dormir. Ponto. Chorei de raiva e passei várias horas numa esquadra a apresentar queixa para que o seguro pagasse o vidro, que mandei por no dia a seguir com a ajuda da dona da pensão, que não descansou enquanto não encontrou um sítio que fizesse o trabalho. Hoje, com menos um casaco, menos dois ou três CD e menos 30 euros de café, fiquei estupefacta a olhar para o carro, bati com a porta com força porque a alternativa era bater com a cabeça contra a parede. A estupidez dos outros tem desculpa. A minha não. Como castigo cheguei a casa com o rabo encharcado, porque um vidro aberto em dia de chuva está longe de ser uma boa ideia.
["Two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sure about the universe", Albert Einstein]
A maratona do progresso
Há 3 dias
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