27 de novembro de 2009

porta-chaves

a história é feita de improváveis, desde o encontro, aos anos que passaram sem que nada acontecesse, ao reencontro que se fez como se nem um segundo tivesse passado desde a última vez. ficou-lhe marcada na memória a primeira frase, os olhos negros, a pele com sabor a sal, um amor de adolescência materializado num porta-chaves, haverá objectos piores, que se perde entre maços de cigarros, livros, talões da fnac, canetas e elásticos para o cabelo há mais de 20 anos. duas décadas bem medidas e de repente o relembrar da história por causa do dito porta-chaves e no mesmo segundo o telefone a tocar e o nome que não era lembrado há tanto tempo a piscar furiosamente no visor e a voz que não se ouvia há mais de cinco anos a dizer olá, como estás? do outro lado. sem aviso.

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