26 de outubro de 2008

memory lane

Ian Astbury leva-me, sem aviso, numa lenta descida pela ‘memory lane’. Tenho 18 anos, não mais, e passo as tardes no quarto do E. Ouvimos o Ceremony vezes sem conta, sempre em modo repeat, temos a vida inteira pela frente e refugiamo-nos naquele mundo, naquela música, de janela aberta sobre a cidade, porta fechada à chave, numa casa imensa, sempre cheia de gente, a mãe dele à distância de um chamamento. O sexo têm ainda o peso da culpa, amamo-nos a medo e ouvimos The Cult, sempre muito alto, para disfarçar outros sons.

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